A Sony Music Entertainment está processando sua concorrente EMI Music e um de seus diretores por ter supostamente descumprido sua promessa de trabalhar para a Sony sob um contrato de US$ 3 milhões.
No processo, a Sony alega que Ron Werre usou seu acordo com a Sony para conseguir uma promoção na EMI.
A Sony afirma que Werre, que era presidente de serviços musicais da EMI, entrou em acordo com a Sony em fevereiro para trabalhar na gravadora, sob um contrato de três anos, quando seu atual contrato com a EMI expirasse em 2010, segundo os autos do processo na Suprema Corte de Nova York.
Na semana passada, entretanto, a EMI anunciou a promoção de Werre para diretor-executivo das operações da empresa na América do Norte. A Sony imediatamente entrou com o processo.
A gravadora, que representa artistas como Beyoncé e Bruce Springsteen, afirmou que sua intenção era contratar Werre como seu novo presidente de música comercial, e que já havia demitido o antigo presidente, antecipando a nomeação.
Trampolim
“Werre não tinha qualquer intenção de cumprir suas obrigações contratuais com a Sony Music, mas estava apenas usando seu contrato com a Sony Music como trampolim para solicitar um contrato mais lucrativo com a EMI e com mais responsabilidades”, diz o documento.
A Sony, segunda maior gravadora mundial, afirma que a EMI sabia de seus planos de contratar Werre. Ela diz ainda que, após ter firmado o acordo com Werre, a EMI teria entrado em contato com o CEO da Sony Music Rolf Schmidt-Holtz para pedir que o novo contrato com Werre fosse descartado.
A gravadora afirmou que por volta da mesma época, o próprio Werre teria informado outro diretor da Sony de que teria mudado de ideia e que ficaria na EMI sob um novo contrato. A Sony também cita Werre no processo judicial.
Tanto a Sony quanto a EMI se recusaram a comentar o fato.
A londrina EMI é a quarta maior gravadora do mundo, com artistas como Coldplay, Kylie Minogue e os Beatles.